Eu sou o Samba
Cacau Protásio brilha na Sapucaí como Pomba-Gira e desafia limites: “Venci!”

Sutiã cravejado de cristais, saia de franjas e um salto de 10 cm: a atriz entrega beleza, resistência e representatividade na avenida
Cacau Protásio (49) mostrou que o samba no pé vai além da dança—é também um ato de coragem, resistência e fé. Pelo segundo ano consecutivo como musa do Salgueiro, a atriz incendiou a Marquês de Sapucaí na noite deste sábado (15) ao surgir vestida de Pomba-Gira, uma das entidades mais poderosas das religiões de matriz africana. Ousadia? Sem dúvida. Mas o que realmente marcou sua passagem foi a mensagem que ela carregava: não há idade, padrão ou barreira capaz de impedir uma mulher determinada de brilhar.
A homenagem que veio do coração
Em meio ao brilho dos mais de dez mil cristais vermelhos bordados em seu sutiã meia-taça e ao balanço envolvente da saia de franjas de seda, Cacau revelou que sua escolha não era apenas estética, mas também afetiva.
“Sou católica, mas cresci em um lar ecumênico. Minha mãe era umbandista e, por isso, quis homenageá-la. Hoje, ela está com Alzheimer, mas, se pudesse me ver aqui, estaria vibrando de alegria”, contou emocionada.
A relação com o Salgueiro, aliás, vem de berço. Desde pequena, Cacau frequenta a quadra da escola com familiares e amigos, criando uma conexão profunda com a vermelha e branca.

Cacau Protásio / Foto/ Divulgação: Léo Cordeiro/ Palmer Assessoria de Comunicação
Beleza sem padrões: um manifesto na avenida
O figurino, considerado por ela o mais ousado de sua vida, foi um grito de liberdade para todas as mulheres, especialmente as pretas e periféricas.
“Aceitei essa proposta para mostrar que sensualidade não tem idade nem tamanho. Sou uma musa plus, mas estou aqui representando a menina da periferia que sonha, que luta e que vence. Se hoje estou aqui, é porque acreditei em mim quando tudo parecia impossível”, declarou.
O salto da superação
Se brilhar na Sapucaí já exige energia, fazer isso em um salto de 10 cm, depois de perder 30 kg, foi uma verdadeira vitória para Cacau.
“Para quem não conseguia ficar um minuto sobre o salto, atravessar 700 metros sambando e cantando é uma conquista imensa. Hoje, me sinto mais viva, feliz e disposta. Quero que as pessoas entendam que saúde e qualidade de vida são prioridade. O que eu mais desejo é inspirar”, celebrou.
Entre lágrimas, sorrisos e muito axé, Cacau Protásio provou que sua força vai além da arte. Na avenida, ela não apenas sambou—ela escreveu sua própria história de resistência e triunfo.
** Este texto e de extrema responsabilidade do colunista

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