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Do Rap à redenção no Samba: Lello transforma dor em arte e emociona com crônicas da vida real

Após a perda do melhor amigo, cantor paulistano encontra no pagode um novo começo, consolida carreira solo com músicas autorais e revela bastidores de uma trajetória marcada por superação, autenticidade e sonhos que ainda estão por vir
A música entrou na vida de Lello como um desafio escolar — e permaneceu como missão. Foi em 1992, com um rap escrito ao lado do amigo Paulinho, que ele deu os primeiros passos no universo musical. A apresentação para a professora de História não só encantou os colegas como também acendeu uma chama que jamais se apagaria. Nascia ali o Comando Negro, grupo que dividiu palco com ícones como Racionais MC’s e Sampa Crew. Mas o sonho sofreu um baque com a morte precoce de Paulinho, episódio que levou Lello à depressão e, por pouco, não interrompeu sua caminhada.
Foi no samba que ele encontrou a cura. “Eu costumo dizer que não deixei o rap, só migrei para um novo segmento”, diz. Ao lado do irmão mais novo, fundou o grupo Vizala, que lhe deu experiência, maturidade e uma nova visão artística. O convívio em grupo o ensinou a lidar com temperamentos, opiniões e finanças — uma verdadeira escola para o artista solo que se tornaria.

Lello
Hoje, Lello se destaca como compositor de canções que parecem retiradas diretamente da vida real. “Minhas letras são quase crônicas do cotidiano”, afirma. Inspiradas em conversas, histórias e olhares atentos ao mundo ao seu redor, suas composições como “Seu Brinquedo”, “Imaginação” e “Pra Gente Se Amar” tocam o público de forma íntima e verdadeira. “Eu não me considero um compositor, mas um intrometido que se propõe a escrever.”
Com o tempo, suas referências também se ampliaram. Além das raízes no rap e no samba, Lello tem aprendido a apreciar profundamente a MPB, o soul e a black music — gêneros que têm influenciado sua sensibilidade artística e sua forma de construir melodias. “Esses estilos têm uma alma diferente, uma forma de dizer muito com pouco, e isso me inspira demais.”
Autêntico e com os pés no chão, ele acredita que o papel do artista vai além de seguir tendências. “O artista tem que ser verdadeiro com ele mesmo e com seus fãs. Não dá pra ser personagem o tempo todo.” Essa sinceridade transparece em cada verso, cada melodia, conquistando mais de 100 mil plays no YouTube e presença em playlists editoriais.
Apesar da popularidade crescente, Lello continua sonhando alto. Entre seus desejos, estão feats com nomes como Alexandre Pires, Sorriso Maroto, Pixote e, claro, seus ídolos Racionais MC’s. Em breve, o público poderá conferir um novo single, uma homenagem à quebrada onde nasceu e se criou — um verdadeiro tributo às raízes.
E se engana quem pensa que ele vive só de samba. Lello guarda um segredo: “Eu ouço muito forró raiz. Ninguém imagina, mas é verdade!” E entre os sonhos, um se destaca: “Quero que meu trabalho seja sucesso, e não esteja sucesso. Porque quando está, passa. Mas quando é, dura pra sempre.”
Com uma trajetória marcada por emoção, superação e paixão pela música, Lello é hoje uma das vozes mais genuínas do cenário nacional. E a julgar pelos passos que tem dado, o melhor ainda está por vir.

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