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Samba no pé e cidadania: Igor Walker firma projeto no Parque Madureira

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O Parque Madureira se tornou palco de um projeto que vai além da dança: o Pegada Diferenciada, idealizado e conduzido por Igor Walker, diretor de passistas do Arranco do Engenho de Dentro e do Balanço da Maré. De forma totalmente gratuita, o sambista ministra aulas de samba no pé, unindo técnica, acolhimento e transformação social.

O projeto nasceu em 2021, no rastro da pandemia, quando muitos passistas buscavam retomar a confiança e a prática após meses de isolamento. A princípio itinerante, o Pegada Diferenciada circulou por diversas quadras de escolas de samba, mas enfrentou obstáculos como falta de sede fixa e baixa frequência. Em 2023, Igor reorganizou a iniciativa, estruturando-a com aulas contínuas e foco ainda maior no impacto comunitário.

Atualmente, as aulas acontecem no coração de Madureira:

  • Domingos quinzenais, das 10h às 12h, em frente aos Aros Olímpicos (entrada pelo Portão 3).

  • Quartas-feiras, das 19h às 21h, no Palco da Praça do Samba.

A proposta é simples e poderosa: reunir pessoas de diferentes idades e níveis técnicos em um mesmo espaço, promovendo integração, respeito e evolução coletiva. Mais que um aprendizado de samba no pé, o projeto é um espaço de autoestima, cidadania e valorização da cultura popular.

À frente da iniciativa está um nome de peso: Igor Walker, primeiro passista do Brasil a conquistar o DRT de artista na categoria “passista de escola de samba”. Morador do Morro da Serrinha, berço do samba, Igor tem trajetória marcada por passagens em agremiações como Império Serrano, Império da Tijuca, Unidos de Lucas e Acadêmicos da Abolição. Além de coreógrafo e professor de street dance, ele soma a função de diretor artístico, sempre unindo técnica e propósito: transformar vidas pela dança.

O Pegada Diferenciada também conta com uma equipe de apoio dedicada: Deluan Nogueira (administrativo), Mara Barbosa (contabilidade) e Édipo Ferraz (audiovisual).

Com este trabalho, Igor Walker reafirma que o samba não é apenas espetáculo: é cura, identidade e resistência. No Parque Madureira, cada passo no compasso do tamborim é também um passo em direção a uma sociedade mais justa, plural e orgulhosa de suas raízes.

** Este texto e de extrema responsabilidade do colunista

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