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Eu sou o Samba

Um ano sem Quinho do Salgueiro: A saudade de uma voz que ecoará eternamente no samba

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Há exatamente um ano, no dia 3 de janeiro de 2024, o mundo do samba se despediu de Melquisedeque Marins Marques, o inesquecível Quinho do Salgueiro. Com sua partida, aos 66 anos, encerrou-se um capítulo brilhante da história do Carnaval brasileiro, mas sua voz e legado permanecem vivos em cada verso e batida que embalam os corações apaixonados pelo samba.

Quinho do Salgueiro

Quinho foi muito mais do que um intérprete. Ele foi a alma de desfiles memoráveis, como o emblemático “Peguei um Ita no Norte“, que levou o Salgueiro ao título em 1993, e “Tambor“, em 2009, que também consagrou a escola como campeã. Sua voz marcante, que vibrava nos sambódromos, era um convite à emoção, uma celebração da arte e da cultura brasileira.

Começou sua trajetória no bloco Boi da Ilha, onde encontrou sua paixão pela música e pelos desfiles. Da Ilha do Governador ao Salgueiro, Quinho conquistou um lugar cativo no coração de quem o ouviu. Ele também brilhou em terras paulistanas, defendendo a Rosas de Ouro no carnaval de 2000, mostrando que sua arte transcendeu limites geográficos.

Quinho não era apenas um ícone; era um amigo, um mestre e uma inspiração para intérpretes de diversas gerações. Sua ausência é sentida profundamente, como destacaram grandes nomes do samba, entre eles Neguinho da Beija-Flor, que o descreveu como “um irmão e um grande amigo”, e Zé Paulo Sierra, que lembrou de Quinho como “uma das maiores referências de vitória e conquista”.

Hoje, o samba celebra sua memória com o mesmo amor e reverência que ele dedicou a essa arte. Seu nome continuará ecoando nos versos e refrões que ele eternizou, sua paixão será combustível para novas gerações, e sua história será contada como um exemplo de talento, determinação e amor pela cultura popular.

Quinho do Salgueiro partiu, mas sua voz continua viva em cada desfile, em cada roda de samba, em cada coração salgueirense. Obrigado por tudo, Quinho. O samba jamais se esquecerá de você.

** Este texto e de extrema responsabilidade do colunista

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